segunda-feira, 13 de junho de 2011
A Beira e o Mar
Mesmo que desamanheça e o mundo possa parar
E nem nada mais se pareça invento outro lugar
Faço subir à cabeça o meu poder de sonhar
Faço que a mão obedeça o que o coração mandar
Mesmo que ainda que tarde, não tarde por esperar
Dou um nó cego em seu remelexo e o deixo sem ar
Rodo a baiana ligeiro, faço esse mundo girar
Mas, estarei sempre inteiro, se você despedaçar
Você será sempre a beira e eu toda água do mar
Mesmo que você não queira eu quero e assim será
No fim dessa brincadeira, quando a poeira assentar
Solto o nó do remelexo e deixo você dançar
(Maria Bethânia)
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